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Foto do escritorVanda Moura

Mudanças de algoritmo: seu conteúdo sobreviveria?

Em 25 de abril de 2019, praticamente todo o mundo se rendeu ao lançamento do mais recente filme da Marvel: Vingadores Ultimato. E claro que o Google não deixaria a oportunidade passar despercebido.


No dia do lançamento do filme, o buscador mais famoso do mundo criou um easter egg que permitia apagar, com o estalar dos dedos da manopla do infinito, metade das buscas surgidas em sua primeira página sobre o tema. Transformando, assim, milhares de conteúdos em pó.


Evidente que tudo não passou de uma brincadeira e as páginas não foram excluídas de verdade. Entretanto, recentemente, um novo estalar, agora sem manopla, mas com muito poder investido neles, também fez alguns estragos ao esconder dados na internet: as mãos habilidosas de Mark Zuckerberg.


Com as novas mudanças de algoritmo da plataforma, curtidas sumiram, automações desapareceram por completo, e empresas e social medias entraram em desespero pelo fim das chamadas métricas de vaidade.

Mas, afinal, se o Thanos estalasse os dedos e apenas os conteúdos de qualidade permanecessem na internet, o seu continuaria lá?

Quem acompanha a saga dos Vingadores deve ter percebido que o Thanos é uma ameaça ao universo Marvel. Entretanto, ele não se considera assim. Para o Titã, desaparecer com metade da população mundial é uma forma de garantir a ordem e a sobrevivência do planeta.


Desse modo, podemos traçar um paralelo entre o Thanos e os temidos algoritmos, uma vez que a sua utilização pelas plataformas visa à garantia do equilíbrio orgânico e a própria sobrevivência delas.

De 2003 para cá, o Google já fez pelo menos 8 alterações no algoritmo. Observe as principais:


  • Florida (2003): introdução do SEO (Search Engine Optimization) e remoção de mais de 50% dos sites que não atendiam às novas exigências;

  • Panda (2011): descartou sites com conteúdos de baixa qualidade e excesso de anúncios. Cerca de 12% dos resultados de pesquisa foram afetados;

  • Hummingbird (2013): após uma revisão total no algoritmo do Google, os resultados começaram a levar em conta não só as palavras-chaves, mas a localização dos usuários e o histórico de pesquisas anteriores;

  • HTTPS/SSL Update (2014): já de olho na segurança dos dados, o Google passou a favorecer os sites com https a nível de ranqueamento;

  • Mobilegeddon (2015): de olho no mundo mobile, a nova atualização priorizou os sites conhecidos como “amigáveis” para dispositivos móveis;

  • Rankbrain (2015): a inteligência artificial é finalmente integrada ao algoritmo, auxiliando na interpretação e apresentação dos resultados;

  • Penguin (2016): o Google passou a penalizar os sites que tentavam burlar suas boas práticas para ranquear nas primeiras posições;

  • Fred (2018): mais uma mudança no algoritmo buscando penalizar os sites com conteúdo de baixa qualidade e propagandas em excesso.


Entretanto, é bom notar que, embora, haja mudanças constantes no algoritmo do Google, os conteúdos de boa qualidade não são penalizados!

O que não é a mesma lógica de plataformas como o Facebook ou Instagram, por exemplo, nas quais a interação com os usuários pesa mais do que o conteúdo em si!

Recentemente, Mark Zuckerberg abalou as estruturas da internet com a ocultação das curtidas nas postagens do Instagram. A iniciativa que, a princípio, seria para diminuir a pressão social vivida por parte de seus seguidores, também conhecida como likedependência, traz benefícios polpudos à plataforma.


Afinal, quem antes tinha seu conteúdo distribuído em larga escala agora fica a mercê de cerca de 10% da sua audiência. Um incentivo e tanto para o patrocínio de conteúdo, concorda?


Por outro lado, ao retirar as curtidas, Zuck sabiamente deu um novo incentivo aos produtores de conteúdo: engajarem realmente com o seu público.


O ato passivo de curtir fotos agora vem sendo gradativamente substituído pelo comentar, salvar e compartilhar: movimentando ainda mais a plataforma.

Acha exagero? Veja a quantidade de lives, stories e conteúdo útil para ser salvo nos últimos tempos e tire suas próprias conclusões. Em um mundo em que o tempo é um dos maiores ativos, criar uma comunidade engajada é a maior fortuna que uma plataforma pode desejar!


Agora, resta você se perguntar: se Zuckerber ou o Google limitassem ainda mais o tráfego para as suas páginas, seu público ainda te procuraria? Alguém sentiria falta do seu conteúdo se o Thanos estalasse os dedos?


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